segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nada


Escorrem, guiadas pela brisa da noite,
entre ramos que se agitam,
águas em cascata, pela encosta.
São imagem viva
num imensa paisagem
onde avisto tudo e nada.
Tudo que vejo, que desejo
porque se move, tem vida
e nada, nada, nada,
porque caminho eu na berma da estrada
e para além dessa água que refresca, corre e se move,
só me vejo a mim,
eu o centro do nada!
E sinto um vazio que me consome,
e avisto uma noite cerrada,
onde não há ninguém,
nem nada que se mova e me agarre
e me leve, nunca me largue...
nada!

Ana Silva
3-4-2010

1 comentário:

  1. Tambem temos aqui uma poeta :D coicidencia ou não temos dotes parecidos.

    parabens tens jeito


    bjo

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