sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Zé Padinho Gomes: o grande! :D


Quem é? Quem é? Quem é o Zé?

Todo aperaltado, sai para a rua;

Cheio de mulheres, ele é a loucura!

Camisa vestida,

cabelo em crista,

sorriso manhoso,

não há quem lhe resista.

Mora no monte e é o painho,

todo empinado e é um franguinho.

Quem é? Quem é? Quem há-de ser?

O Zé Barnabé até morrer!

Por: Ana Maria :D

quinta-feira, 15 de julho de 2010

E quando o amanhã chegar?


E quando o amanhã chegar?
Quando os nossos percursos forem distintos e as nossas vidas labirintos onde nos perdemos, esquecendo o mundo?
E quando o tempo passar e, pelo mesmo compasso, mudar a nossa mente?
Invadirnos-á a saudade?

Não choremos pelo amanhã mas unamo.nos hoje.
Unamo-nos numa amizade tão forte que nem o tempo apagará.
E quando esse dia chegar, não esqueçamos nenhum momento!
Foram palavras e silêncios,
sorrisos e risos estridentes e dores e mágoas sentidas,
longas conversas e horas divididas entre as nossas vidas.
Não se esqueçam nunca que estou aqui,
seja qual for a distância ou o rumo que eu siga.

Não há o que recear,
somos mais fortes que o tempo, que as encruzilhadas ou os ventos,
fomos mais fortes que tudo!
Somos, não eu e vocês, mas NÓS!

E quando a hora chegar, não digam adeus mas até já.
Esperemos sempre pelo amanhã com a mesma ansiedade que ontem
e no reencontro sorriremos juntas numa amizade que não se abala ,
numa amizade verdadeira.

Jamais chegará dizer-vos obrigado,
quando penso no tempo que passou e vejo o agora
sei que nada seria igual sem vocês.
Crescemos juntas,
vivemos juntas,
sorrimos juntas,
choramos juntas,
sofremos juntas
e estivemos sempre juntas.
E amanhã...ESTAREMOS JUNTAS!!
Porque nada é igual sem vocês.
Talvez a distância física seja grande mas vocês sabem...estou sempre convosco psicologicamente! :D

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nada


Escorrem, guiadas pela brisa da noite,
entre ramos que se agitam,
águas em cascata, pela encosta.
São imagem viva
num imensa paisagem
onde avisto tudo e nada.
Tudo que vejo, que desejo
porque se move, tem vida
e nada, nada, nada,
porque caminho eu na berma da estrada
e para além dessa água que refresca, corre e se move,
só me vejo a mim,
eu o centro do nada!
E sinto um vazio que me consome,
e avisto uma noite cerrada,
onde não há ninguém,
nem nada que se mova e me agarre
e me leve, nunca me largue...
nada!

Ana Silva
3-4-2010

domingo, 11 de abril de 2010

És o meu orgulho!


Quando era apenas uma criança,
partiste sem eu perceber a razão,
deixando no meu coração um enorme vazio.
Eras o meu orgulho,
o meu herói,
o meu sorriso, Pai.
E de repente, senti que tudo se perdeu...
Mas a vida não parou,
correu sem olhar para trás.

Já passaram anos,
longos anos,
em que a tua ausência
causou um vazio.
E, hoje, ao ver-te chorar,
vi nas lágrimas que derramaste
a dor da saudade que sempre senti.

Sabes Pai, eu também choro
cada vez que te tenho de deixar ir,
cada vez que, sem mim, te vejo partir
e imploro, em vão, para que tudo volte atrás.

Eu também choro,
ao lembrar-me de quando riamos juntos,
abraçados e inseparáveis;
de quando a tua vida era a minha vida
e a tua alegria a minha.
Aí eu era totalmente feliz!

Eu também ainda choro,
porque apesar do tempo e da distância,
continuo a sonhar com o dia
em que tu irás voltar e não mais partir;
em que nos teus braços me irei enroscar
e nunca mais parar de sorrir;
porque acredita, tu serás sempre o meu maior orgulho.
Nunca te esqueças disso Pai, nunca!

Ana Silva
11-4-2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

sentimentos que permanecem...


Talvez o tudo que é hoje
seja tão pouco amanhã,
talvez...a vida é incerta
e as mentalidades mudam
no seguimento da idade.
Talvez os ventos afastem os corações
e as ligações corram
como as águas de um rio,
ora de modo calmo e sereno
ora turbulento e repentino,
no aproximar de cascatas, remoinhos
ou, simplesmente, novos caminhos a seguir.
A vida é o que é;
imprevisível, inconstante,
por vezes a felicidade dura um instante
mas faz uma marca vitalícia.

Há coisas que nunca se esquecem,
que completam, que permanecem,
sem que haja uma única palavra,
entre anos passados,
que se chegue a dizer.
Há amizades imprescindíveis,
verdadeiras, irreversíveis,
que, por vezes, esmorecem,
mas não se deixam perder.
Sentimentos e sorrisos dividos,
entre vivências conjuntas aprendidos;
a certeza de uma força e sinceridade,
uma alegria constante, uma cumplicidade,
que só os verdadeiros amigos nos fazem sentir.
E passe o tempo que passar,
enquanto o homem existir
e este mundo girar,
isto não há-de mudar.

Ana Silva
9-4-2010

(Porque vocês são os melhores amigos que há!!! :D)

sábado, 3 de abril de 2010

Sufoco...

Chora...sem medo ou hesitação.
Não há lugar, nem hora,
nem barro que não quebre
quando cai ao chão.
Não oprimas, não disfarces,
não mostres duas faces
quando uma é mera ilusão.
Chora...o tempo que precisares.
E as lágrimas que libertares
jamais te pesarão.

Ana Silva
3-4-2010

Vozes do Céu


Caem velozes do enegrecido véu,
lágrimas sofridas
de almas perdidas,
de quem padeceu.
Soltam-se gritos,
desabafos gélidos e atrozes
de corações ferozes,
das vozes do céu.
No negrume, sentem-se as almas,
abatidas e exaustas,
tão serenas, tão calmas...

Uma dor, uma mágoa,
uma saudade que as agarra
ao que o tempo levou
mas o coração não esqueceu.

Ana Silva
3-4-2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Não longe, dobram os sinos...



Não longe, dobram os sinos...
Flores e dores,
e rostos encobertos por mãos trémulas
que escondem as gotas salgadas,
as lágrimas desesperadas
que correm sem cessar.
Murmuram corpos atordoados
e negros como a noite,
num silêncio assustador.
Longe a longe, ouvem-se gemidos,
vagos, enfraquecidos pelo cansaço.

Só em tristes horas se acalmam as almas,
e se unem e se amparam num tormento comum.
É a presença viva da morte
que nos faz parar e pensar
que o tempo não pára, não espera, não guarda.
O tempo é pássaro que voa
e leva com suas asas
tudo que parte do mundo faça.
E o homem é pó que, como o tempo,
voa nesta vida tão escassa,
que num piscar de olhos, passa...

Ana Silva

Turbilhão de palavras


Possuir mil ideias no coração
e não ser capaz de as libertar,
ter uma mente em turbilhão,
papel na mesa, caneta na mão
e nem uma linha conseguir traçar...

é ser ave sem asas,
mar sem maré,
homem envelhecido, já só e sem fé.
Uma dor de alma que consome
igual a moribundo que padece à fome.

É uma impotência, uma aflição,
uma ansiedade que leva à exaustão.
Um estado de alma triste,
espelho da dor que persiste,
de quem perdeu o chão.

Ana Silva