quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Gira sem parar


Entre felicidade e dor,
cria ódio e amor,
levando consigo a vida,
aproximando a morte.

Percorre...sem atender a onde ou a quem,
sem poupar nada, nem ninguém,
tão pouco a si.

Não se ouve, nem se vê,
mas tudo apaga ou transforma.
E, estando todavia presente,
não se conhece...não se sente...

Proporcionador constante da mudança,
sendo, por vezes, o sustentáculo da esperança,
é o tempo que passa...e nos devora!

Ana Silva

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Não sei se vivo...não sei se sou...


Será que fui...que sou?

Ou o vento acaso me levou?

Ou estou eu ainda aqui?


Não sei se fui, se vou...

se ainda bate ou se parou,

este coração aqui.


Ah mas eu sei que vivo! Ou morto estou?

Se não morri algo estagnou,

pois o meu rio, essas lágrimas de humor,

já não flui...


Não sei que mal de mim se apoderou,

não sei quem fui, não sei quem sou,

mas a minha alma,

aquela sempre viva, tão pouco calma,

com essa...alguém ficou!


Não sei se vivo...não sei se sou...


Ana Silva

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É NATAL!!!


É tempo de alegria,

de amor e harmonia,

de vivermos todos em paz.

Um tempo de magia

que toda a gente contagia,

já desde muitos anos atrás.


Ruas enfeitadas,

iluminadas por mil luzinhas.

Pessoas animadas,

Mesas recheadas

e sapatos cheios de prendinhas.


Ninguém se esqueça,

ninguém se isole,

ninguém perca algo tão especial;

todos de coração aberto,

com as pessoas importantes por perto,

nesta festa que é o Natal!


FELIZ NATAL!!!!! :DD


Que esta paz, harmonia e felicidade vos encha o coração não só nesta época mas todos os dias ;)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Eterno sorriso


Orgulho-me...

Pelo que sinto,

pelo que sou,

pelo rumo que a minha vida tomou,

porque finalmente cresci.

Em cada dia,

a cada hora,

vejo na minha vida

uma história

completa por tudo o que vivi.

Sorrio de contentamento,

do que fui nada lamento,

foram bons tempos os de petiz.



Não paro agora, nem quero!

Por mais e mais

sempre espero,

sem desistir de ser feliz!


Ana Silva

Cidade


Maquinalmente para casa regresso,
no mesmo trajecto, dia-a-dia,
E os da cidade, altivos, soberbos,
Acham-no uma monótona rotina.

Não decifram em meu olhar o prazer de ao fim de um longo dia
cansado,
ao sossego de minha aldeia,
à paz de minha casa voltar.
Ah! Como já o sinto, embora longe,
embora sufocado num apinhado autocarro
de corpos cambaleando, exaustos, aborrecidos.

E minha alma luzidia
transforma meu rosto
num rio de alegria
ao qual ninguém parece querer aceder.

Mas esse rio estreitece,
Ah! Como ele rapidamente esmorece!
Quando, olhando à janela, a cidade que abandono,
Encontro fixo em mim
um olhar entristecido, esmagado, dolorido,
Num rosto assombrado, sufocado por naquela terra ficar.

Ah! Como o posso entender, como sei o quanto está a sofrer,
Mas não sou capaz de ajudar.

Egoísta!
Como sou capaz de me deixar ficar?
Como permaneço sentada, sossegada,
Vendo lágrimas brotarem sem cessar?
Ah! Mas não sou capaz de ajudar!

E o rosto já longe continua…
O semblante adormecido,
Pela dor invadido.
Já só corpo,
Sem espírito!


Ana Silva

domingo, 20 de dezembro de 2009

Capaz de Amar


Vejo o teu coração cerrado,
sombrio, amargurado,
recusando-se a bater.
Vejo a tua alma fechada,
numa grande encruzilhada
sem apoio ou rumo ver.
Um reflexo de horas tristonhas,
em que não vives nem sonhas,
em que recusas falar.

Mas escuta a razão,
não há mal que venha em vão
nem queda que te faça parar.
São apenas dores recentes,
mágoas que de fresco sentes
porque foste capaz de amar.

Ana Silva